Depois das 6 (18h) todos nós
queremos ir para casa tratar dos filhos, do jantar, terminar o dia e preparar o dia seguinte. Até gostamos de
conversar, mas… é preciso arranjar 2 horitas livres, e a nossa vida é tão
ocupada!!!.
Pois foi esse o desafio que o
Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus fez a alguns encarregados de educação.
Ir até à escola depois de aulas terminarem, para conversar. Para dar à lingua,
para estar na treta com pessoas que nem se conhecem, mas que têm como denominador
comum, os filhos. Podiam levar os filhos, mas a maioria não os levou e
curiosamente só apareceram mulheres, as mães… as dinamizadoras também são
mulheres. Então a conversa foi no feminino. É verdade! Venham os analistas e
analisem.
Houve um tema de base para
sustentar e orientar a conversa: a televisão.
E tudo começou com a projeção de
um pequeno filme que retrata a alienação pela da televisão logo em tenra idade.
Serviu-se chá para acompanhar a
conversa solta, que correu leve e fluente - as vantagens e os inconvenientes da
televisão - a desatenção dos pais - a dificuldade em ocupar os filhos – a
comodidade de não os aturar – o distanciamento familiar – a perturbação do silêncio
– a dissonância entre os pais – a falta de tempo – a falta de paciência – o
afastamento da família – a confusão do real e do virtual.
Contaram-se histórias, houve
risos e sorrisos, receitas e pareceres, lógicas ilógicas de regras que
resultam, e posturas certinhas que não surtem qualquer efeito.
A preocupação é transversal. A televisão
em excesso prejudica as crianças e os jovens e… porque não os adultos? Podem
perturbar o sono, alterar a noção da realidade, alterar os modelos de
identificação, estimular a preguiça e a estática, dificultar a atenção e a
concentração, alterar as relações familiares, …
O que fazer?
Uma boa iniciativa, parabéns às dinamizadoras e às participantes. Ao fim de um dia de trabalho, não é fácil aderir a uma atividade destas...mas é claro que sendo a preocupação comum de pais e educadores a boa formação dos jovens, aliada à pertinência do tema, alegro-me com a participação de todos os que estiveram presentes e com o sucesso do encontro. Também não me surpreende o facto de serem todas mulheres... mais uma prova da nossa garra e tenacidade, do nosso espírito crítico e combativo, o olhar atento às realidades sociais e às pessoas enquanto cidadãos de um mundo que queremos melhorar ...sempre soube que as sociedades matriarcais eram as melhores... agora não tenho dúvidas. Ana André
ResponderExcluirExcelente iniciativa ... gostei do que vi e do que li :)
ResponderExcluirTeresa Carvalho