terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CONVERSAS DEPOIS DAS 6 - televisão












 Conversar depois das 6, parece fácil mas não é.
Depois das 6 (18h) todos nós queremos ir para casa tratar dos filhos, do jantar, terminar o dia  e preparar o dia seguinte. Até gostamos de conversar, mas… é preciso arranjar 2 horitas livres, e a nossa vida é tão ocupada!!!.
Pois foi esse o desafio que o Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus fez a alguns encarregados de educação. Ir até à escola depois de aulas terminarem, para conversar. Para dar à lingua, para estar na treta com pessoas que nem se conhecem, mas que têm como denominador comum, os filhos. Podiam levar os filhos, mas a maioria não os levou e curiosamente só apareceram mulheres, as mães… as dinamizadoras também são mulheres. Então a conversa foi no feminino. É verdade! Venham os analistas e analisem.
Houve um tema de base para sustentar e orientar a conversa: a televisão.
E tudo começou com a projeção de um pequeno filme que retrata a alienação pela da televisão logo em tenra idade.
Serviu-se chá para acompanhar a conversa solta, que correu leve e fluente - as vantagens e os inconvenientes da televisão - a desatenção dos pais - a dificuldade em ocupar os filhos – a comodidade de não os aturar – o distanciamento familiar – a perturbação do silêncio – a dissonância entre os pais – a falta de tempo – a falta de paciência – o afastamento da família – a confusão do real e do virtual.
Contaram-se histórias, houve risos e sorrisos, receitas e pareceres, lógicas ilógicas de regras que resultam, e posturas certinhas que não surtem qualquer efeito.
A preocupação é transversal. A televisão em excesso prejudica as crianças e os jovens e… porque não os adultos? Podem perturbar o sono, alterar a noção da realidade, alterar os modelos de identificação, estimular a preguiça e a estática, dificultar a atenção e a concentração, alterar as relações familiares, …
O que fazer?



2 comentários:

  1. Uma boa iniciativa, parabéns às dinamizadoras e às participantes. Ao fim de um dia de trabalho, não é fácil aderir a uma atividade destas...mas é claro que sendo a preocupação comum de pais e educadores a boa formação dos jovens, aliada à pertinência do tema, alegro-me com a participação de todos os que estiveram presentes e com o sucesso do encontro. Também não me surpreende o facto de serem todas mulheres... mais uma prova da nossa garra e tenacidade, do nosso espírito crítico e combativo, o olhar atento às realidades sociais e às pessoas enquanto cidadãos de um mundo que queremos melhorar ...sempre soube que as sociedades matriarcais eram as melhores... agora não tenho dúvidas. Ana André

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  2. Excelente iniciativa ... gostei do que vi e do que li :)

    Teresa Carvalho

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