Terminamos mais umas conversas depois das 6, desta vez
subordinadas ao tema “Os Jogos”
Apareceram novos encarregados de educação e repetiu-se o
ritual do chá, para tranquilizar e relaxar depois de um dia de trabalho.
Rapidamente se iniciou a conversa, graças à nossa “Carla
Carlota” uma conversadora inteligente e simpática que rapidamente comunica com
todos, criando um ambiente descontraído onde todos são e se sentem importantes.
Conversou-se sobre os jogos informáticos e os outros. No
nosso tempo com era, como fazemos com os nossos filhos… afinal é útil jogar?
Divagamos sobre o compromisso da família para interagir e ajudar a
orientação dos tempos livres dos jovens.
Quando os mais jovens já nascem a olhar para o computador?
Faz bem, faz mal? Deve-se proibir? Os míopes…
Em que idade eles podem começar a jogar?
Dá jeito eles estarem caladinhos a jogar enquanto fazemos as
tarefas domesticas… Sabemos que eles estão ali.
Porque é que alguns gostam mais de brincar na rua? Porque
outros alteram as horas de dormir para jogar durante a noite?
Eles querem jantar no quarto, eles aborrecem-se se lhes
interrompemos a sua ação, eles respondem
mal, eles perdem a noção do tempo…
Foi-se constatando que educar não é fácil e não há receitas,
mesmo tendo uma psicóloga no grupo.
Cada criança ou jovem é um ser diferente e cada jogo também.
Há jogos para diversas idades e também há regras ao nível do tempo que cada pai
ou mãe deve impor na sua utilização.
Mas dá tanto jeito, eles estarem em casa sossegados!
O perigo da alienação que retira horas de sono e descanso, o
excesso de tensão durante o jogo, a motivação para jogar mais e mais… foram
questões abordadas no sentido de despertas as consciências.
Levantou-se o véu das perguntas e da admiração, e surgiu a
preocupação em muitos olhares.
- Eles jogam a dinheiro?
- O que é o pay shop?
- Eles levantam-se de
noite para jogar?
- Eles chegam à
escola cansados?
- Eles estão nas aulas com sono?
Hoje não éramos só mulheres, havia um representante do sexo
masculino e falou. Falou bem e disse que iria regressar nas próximas vezes.
Voltamos no próximo mês. Agradeço a todos a vossa presença e
participação. Na próxima, tragam um amigo também.
Nunca desistam!
Anabela Quelhas